sexta-feira, dezembro 15, 2006

COMPANHIA

Esse é mais um daqueles textos que a gente lê e fica pensando, "puxa, bem que eu podia ter escrito isso!" Diz tanto de mim, dá vontade de nem divulgar a autoria e assinar lá no pé da página, ou seja, surrupiar os escritos (belos escritos) de outrem mas, respeitando a lei de direitos autorais, aí vai a fonte: http://blog.mafaldacrescida.com.br/ . É um blog mto legal que diz coisas simples e faz a gente pensar na vida. E esse texto não poderia ter me aparecido em hora melhor...

Eu adoro as palavras. Adoro. Adoro porque elas conseguem me ajudar a pensar quando estou só. Adoro porque, ao entendê-las, entendo o que sinto, e isso me dá muita paz.
Esses dias eu estava pensando na palavra “companhia”. Acho essa palavra tão sonora, tão bonita… Me sugere algo bom. Está no grupo de palavras como “carinho”, “poema”, “lua”, “conforto”, “sonho”. Uma palavra tão fofa que parece travesseiro.


E não é só da palavra que eu gosto… Eu gosto mesmo é de companhia. Sempre gostei. Companhia pra brincar, pra passear, pra ir resolver alguma coisa difícil, pra conversar, pra descansar. Ironia da vida ( ou não ), sempre acabei tendo que me virar sozinha na maioria das minhas empreitadas, grandes e pequenas. Mas sempre gostei de companhia. Vejo muita gente que, como eu, gosta de ter gente por perto. Muita gente que não consegue sequer cruzar o portão de casa sozinha. E, no entanto, todos reclamam de solidão.

Claro, tem a dor de SER só. Essa dor é inerente a nós. Por mais que tenhamos alguém por perto, somos um, somos sós, e isso é uma realidade. Desamparante… Mas é. Porém, além disso, tenho ouvido muitos reclamarem da dor de ESTAR só. E essa fala, de certa forma, faz eco em mim também. O eco se faz onde tem um buraco… Onde tem um vazio.

Aí estava pensando - por que às vezes tenho sentido falta de uma companhia se tem tanta gente perto de mim? Amigos, família, amores. Sempre estive cercada de gente. Mas, às vezes, quando a luz apaga no quarto, e chega aquela hora de rever o dia e pensar na vida, eu tenho a impressão de ter estado só o dia todo. Só nos meus sonhos. Só nos meus sucessos. Só nos problemas. Só nos meus planos e sonhos.

Fui olhar no dicionário. Acompanhar - do latim “accompaniare” - conjunto de pessoas que comem o pão juntamente. E aí me caiu a ficha. Estar junto não é acompanhar. Não basta estar do lado. Dar a mão. Não basta ouvir. Não basta presentear. Não basta dar bom dia. Não basta telefonar. Não basta perguntar se está tudo bem. Quem acompanha, tem que dividir. Dividir o pão… Aquilo que sustenta, aquilo que se come. Aquilo que é fundamental. E dividir é isso aí - eu pego o que é meu e dou um pouco pra você. Fico com menos, mas a sensação de ver você alimentado me alimenta também. E assim, ambos ficamos satisfeitos. Em outro dia, é você quem me dá um pouco, e eu recebo, porque naquele dia, eu não tenho. E assim vamos ficando unidos… Acompanhados.

Dividir é uma coisa difícil em um mundo que prega o egoísmo, a auto-satisfação, a superficialidade… O medo da entrega. É difícil dividir porque temos sido cada vez mais ensinados a achar que, o que damos ao outro, vai nos faltar. Sem perceber, vamos nos isolando e deixando faltar o que nos é mais essencial - o pão da alma. Dividir decisões, planos, ideais, coisas, atenções, tempo, angústias… Tudo isso é difícil. E com o tempo, torna-se difícil receber isso dos outros também.

Aí comecei a me lembrar… Eu já tive grandes companheiros. Grandes mesmo. Tinha o meu avô querido, que dividia comigo filosofias de vida. Tive minhas colegas de escola, que davam um pedaço do chocolate delas pra mim na hora do lanche. Tive minhas primas, que dividiam as bonecas e as camas delas comigo. Tive namorados que dividiram comigo o colo, o abraço, a pele, as emoções, as decisões.

Aí comecei a me lembrar também que eu já fui craque em me doar. Houve um tempo em que dava todo meu pão aos outros, achando que isso era companheirismo… E ficava com fome. Mas houve um tempo também em que eu sabia dividir mais. Dividia o melhor de mim com os outros, e recebia o que eles me davam. E acho que nesse tempo eu era mais feliz.

O bom da gente saber que algo vai errado é que sabemos que sempre há a chance de consertar, melhorar. Sempre. E isso nem sempre é fácil… Mas é tão bom… Tão bom quanto ter companhia.

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Tudo Certo



Passagem em mãos!
Chego em Recife dia 22/12, por volta das 13:10

quarta-feira, dezembro 06, 2006

BSB


Vasculhando os blogs alheios, e dessa vez foi o da amiga Ka (http://littlekabsb.spaces.live.com/), eis que descubro uma foto minha tirada em Brasília há mais de um ano.
Vou propor aqui uma enquete.
Analisem a foto e respondam: Fiquei bem com o cabelo vermelho? Deveria pintar de novo?

Respondam logo, meus caríssimos 5 leitores, estou (sou) ansiosa!!!

Ah! Aquele crepe estava "dos deuses"... Ainda não descobri uma boa creperia em Belém!

domingo, dezembro 03, 2006

Natal 2006


Nossa 1ª árvore de natal!
Ainda em fase de decoração...
Ho Ho Ho